Baha'a M Abu Salma*, Hamed R Takruri, Fawaz A Al Kazaleh, Fida M Thekrallah, Ali I Elmoumani e Kamil M Afram
Histórico: Mulheres grávidas são expostas a um estado aterogênico durante a gravidez, que é caracterizado ainda mais por hipertrigliceridemia. Uma cadeia longa de ácidos graxos poliinsaturados (LCPUFA) de n-3 é proposta como tendo um efeito hipolipemiante durante a gravidez.
Objetivo: Explorar a possível influência da suplementação materna de ácido docosahexaenoico (DHA) e ácido eicosapentaenoico (EPA) durante o último trimestre da gravidez nas concentrações séricas de lipídios.
Métodos: O presente ensaio de intervenção controlado foi conduzido no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Universitário da Jordânia de novembro de 2014 a maio de 2015. 84 mulheres grávidas com 20 semanas de gestação foram inscritas e divididas em dois grupos: (1) mulheres (n = 42) que receberam 600 mg de suplementação de DHA e EPA diariamente e (2) mulheres (n = 42) que não receberam suplementação. O perfil lipídico e os níveis de ácidos graxos foram medidos no início e no final do tratamento.
Resultados: Mulheres que receberam suplementação durante a gravidez apresentaram concentração plasmática significativamente menor de triacilglicerol (TAG) e HDL-C mais alto do que o grupo controle. A concentração plasmática materna de TAG foi independente e inversamente associada ao índice n-3, e positivamente associada à proporção de ácidos graxos n-6:n-3 após ajuste de fatores de confusão.
Conclusão: A suplementação de DHA e EPA melhora o perfil lipídico do sangue em mulheres grávidas por meio de efeitos hipotrigliceridêmicos e aumenta as concentrações de HDL-C, que estão associadas à redução da incidência de doença aterogênica