Revista de Fisioterapia e Reabilitação

Efeito do treino muscular do pavimento pélvico na qualidade de vida e na disfunção sexual em mulheres com incontinência de esforço

Najwa Alfarra* e Waleed Altawee

Introdução: A incontinência urinária é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a queixa de qualquer perda involuntária de urina. O tipo mais comum de incontinência urinária nas mulheres é a incontinência urinária de esforço (IUE), definida como a queixa de perda involuntária durante o esforço ou quando o corpo realiza movimentos físicos como correr, tossir, levantar pesos ou espirrar. Este problema é comum entre as mulheres e quando acontece em público pode ser muito constrangedor e desmoralizante. A maioria das mulheres com incontinência urinária apresenta limitações na participação em atividades sociais como o desporto e até mesmo no trabalho em condições que exigem muita energia e a maioria delas queixa-se de diversas formas de disfunção sexual. O treino dos músculos do pavimento pélvico é definido como a capacidade de realizar uma contração correta, ou seja, um aperto em torno das aberturas vaginais e um movimento do pavimento pélvico para dentro.

Objectivo: O objectivo do estudo foi avaliar o impacto do treino muscular do pavimento pélvico na qualidade de vida e na disfunção sexual em mulheres com incontinência de esforço.

Métodos: Vinte mulheres com queixas de incontinência urinária de esforço foram avaliadas através de diário miccional, potência muscular (escala de Oxford), questionários UDI-6 e FSFI antes e após 6 meses de exercício. Todos tiveram avaliação uroginecológica e estudo urodinâmico.

Principais medidas de resultados: No diário miccional as mulheres referiram a frequência urinária e episódios de urgência e perda de urina. As pontuações dos domínios do FSFI, incluindo o desejo, a excitação, a lubrificação, o orgasmo, a satisfação e a dor, foram calculadas juntamente com as pontuações dos domínios dos questionários UDI-6. O Treino Muscular do Pavimento Pélvico (TMAP) supervisionado foi realizado durante 15-30 min. duas vezes por semana durante 2 meses, uma vez/semana durante mais um mês (total de três meses foram supervisionados MAP) e seguimento uma vez/mês durante mais três meses para revisão e verificação da adesão aos exercícios. (Tratamento total 6 meses desde que o doente iniciou o tratamento até à última sessão).

Resultados: Após os seis meses de TMAP apenas três dos vinte doentes ficaram completamente curados, oito queixam-se de fugas com espirros fortes, se a bexiga estiver cheia, três tiveram fugas com tosse forte e seis tiveram fugas com tosse e espirros. Um dos vinte doentes apresentou dor durante a relação sexual VAS 2/10 e um diminuiu o interesse pela relação sexual.

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