Athanasios Papathanasiou
Objectivo: A Esclerose Múltipla (EM) causa muitos sintomas incapacitantes que podem causar sobrecarga física e psicológica aos doentes. A dor e a espasticidade são sintomas comuns do EM que afetam a qualidade de vida do doente. A gestão eficaz dos sintomas do EM reduz o impacto nas atividades diárias e ajuda os doentes a continuarem no emprego. O objetivo do estudo é fornecer um breve guia de tratamento para a dor e espasticidade em doentes com EM, de forma a auxiliar os médicos na prática clínica diária.
Materiais e Métodos: Foram realizadas pesquisas nas bibliotecas PubMed, Medline e Cochrane utilizando as palavras-chave ‘gestão de sintomas’, ‘tratamento sintomático’, ‘espasticidade’, ‘dor’ e ‘esclerose múltipla’. Foram também revistas as orientações publicadas pela Academia Americana de Neurologia (AAN), pela Academia Europeia de Neurologia (EAN)/Federação Europeia de Sociedades Neurológicas (EFNS) e pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (NICE) do Reino Unido.
Resultados: Apresentamos uma orientação baseada na evidência para o tratamento farmacológico e não farmacológico da dor e da espasticidade em doentes com EM.
Conclusões: O tratamento sintomático de dor e de espasticidade no EM pode ser difícil e pode levar à polimedicação, o que pode causar efeitos secundários graves e agravamento de outros sintomas do EM. Sugere-se uma abordagem individualizada e holística que inclua tratamentos não farmacológicos como o exercício físico, a fisioterapia, a terapia ocupacional e a terapia cognitivo-comportamental. Há uma necessidade crescente de ensaios clínicos estudados, para descobrir quais as instruções específicas de exercício que são mais úteis e para procurar medicamentos que possam ser eficazes em mais do que um sintoma de EM.