Marco Aurélio Ferreira de Jesus Leite, Nilson Penha-Silva, Carlo José Freire Oliveira, Igor Morais Mariano, Jéssica Sanjulião Giolo, Juliene Gonçalves Costa1 e Guilherme Morais Puga
O exercício é considerado capaz de otimizar o sistema imunitário e minimizar os efeitos secundários das terapêuticas adjuvantes e neoadjuvantes em sobreviventes de cancro (CM). Apesar destes achados, os efeitos do treino de resistência não linear (NLRT) em sobreviventes de cancro da mama (CM) com linfedema ainda não foram elucidados. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de 12 semanas de NLRT, três vezes por semana, sobre os perfis lipídico e hormonal, composição corporal e índices antropométricos, força e resistência muscular, desempenho aeróbio e pressão arterial (PA) e pressão arterial média (PAM) num sobrevivente de CM com linfedema e hipotiroidismo sob terapêutica hormonal. Mulher, 43 anos, com diagnóstico de CM ductal invasivo e triplo positivo (PR+ e RE+) há três anos, linfedema há dois anos e hipotiroidismo há 9 anos, em uso de Tamoxifeno (20 mg/dia) há 3 anos (hormonoterapia) e Eutirox (25 mg/dia) durante 9 anos, foi avaliado antes e após cada treino de resistência. Verificou-se uma melhoria nos perfis lipídico e hormonal, nos índices antropométricos, na força e resistência dos membros superiores e inferiores e na PA e PAM de repouso. Embora não tenha havido diferença na aptidão física no teste de caminhada de 6 minutos, a frequência cardíaca diminuiu durante este teste. A aplicação de NLRT durante 12 semanas foi benéfica e segura numa sobrevivente de CM submetida a hormonoterapia.