Mariluz Gil-Docampo e Marcos Arza-García
A lacuna entre a fotogrametria aérea e a de satélite está diminuindo, pois ambos os sistemas se beneficiaram de grandes melhorias tecnológicas nos últimos anos. No entanto, a principal vantagem dos satélites de observação da Terra continua sendo a possibilidade de adquirir dados virtualmente em qualquer lugar do planeta sem considerar restrições de fronteira e logísticas e em grandes extensões. Um par de imagens estéreo correspondentes a uma área costeira no noroeste da Espanha é a base para este artigo, que analisa certas variáveis influentes no processo de geração de um Modelo Digital de Elevação (DEM) a partir de pares estereoscópicos de imagens IKONOS. O modelo matemático, o número de Pontos de Controle de Solo (GCPs) e suas precisões são analisados por meio de uma sequência de ensaios experimentais. Dois
métodos principais são aplicados para modelagem matemática: um modelo CCRS (modelo rigoroso) e um modelo de Funções Racionais. A influência da qualidade posicional dos GCPs é comparada usando duas fontes de informação diferentes: pontos medidos em cartografia 1:5.000 e pontos pesquisados via GPS. O número de GCPs testados varia
entre 0 e 20. Usando diferentes configurações dessas variáveis, 17 modelos são gerados. Os melhores resultados são obtidos com o modelo rigoroso e 16 GCPs medidos com GPS com um RMSE de 1,01 m (ou um LE95 –Erro Linear em Z com nível de confiança de 95%- de 2 m), que é aproximadamente o tamanho do pixel do par inicial. O modelo matemático foi determinado como a variável com maior influência na precisão. Além disso, os resultados sugerem que o uso de 10-16 GCPs é suficiente. Pontos adicionais não melhoram a precisão do DEM ou podem até piorá-la em certos casos. Embora o estudo seja realizado em uma zona costeira, o que restringe as possibilidades de distribuição dos GCPs, os resultados são comparáveis com resultados semelhantes de áreas do interior.
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