Marilena Vlachou, Angeliki Siamidi, Sofia Konstantinidou e Yannis Dotsikas
A melatonina (MT) é uma hormona cronobiótica sintetizada pela glândula pineal e tem um papel significativo na regulação do relógio biológico circadiano. Para ser administrada como medicamento, o tempo de libertação da melatonina da sua formulação é de grande importância. Para tal, foram desenvolvidos comprimidos matriciais de libertação controlada (200 mg) de MT utilizando um desenho experimental D-óptimo, incluindo 1 factor categórico e 2 factores numéricos, visando efectuar a sua libertação sustentada utilizando um aparelho de dissolução USP XXIII II a pH 1,2 e 7,4. Os excipientes selecionados são a polivinilpirrolidona (PM: 10.000 e 55.000), a hidroxilpropilmetilcelulose K15M e a lactose mono-hidratada. Os dados de libertação in vitro foram ajustados à equação empírica de Korsmeyer-Peppas; foi avaliado o expoente n, que se refere à cinética de libertação. A composição ótima foi conseguida através da função de desejabilidade, como compromisso com as diferentes respostas (o tempo para a dissolução de 50% do fármaco a pH=1,2 e o expoente difusional (n) nos valores de pH 1,2 e 7 . 4). Uma vez que as diferenças nos valores de n entre formulações estão intimamente relacionadas com a variação da penetração da água nos diferentes excipientes utilizados, foram utilizados excipientes com diferentes características físico-químicas para que se produzisse a formulação desejada. No geral, este procedimento resultou numa composição de excipientes adequada para a libertação controlada de melatonina com um número mínimo de experiências.