Matthes ACS1* Zucca-Matthes G2 e Pianta C3
Resumo Objectivo: Identificar a prevalência e correlacionar a dor pélvica crónica fora do período menstrual com a actividade sexual num inquérito a mulheres adolescentes, estudantes brasileiras. Design e Ambiente: Os participantes forneceram consentimento informado por escrito para as entrevistas. Apresentamos dados de adolescentes do sexo feminino, estudantes do ensino secundário de uma escola pública de uma cidade do interior de São Paulo, Brasil, entrevistadas entre maio de 2017 e setembro de 2017. Este questionário incidiu sobre a atividade sexual, logo, o facto de ser ou não ser virgem, definido como quem relata sexo vaginal, com um ou mais parceiros, no momento da entrevista ou nunca ter tido penetração vaginal definidas como virgens. Um único professor entrevistou participantes na escola. Principais medidas de resultados: É muito significativo o autorrelato de Dor Pélvica Crónica em associação com relações sexuais. Resultados: Foram inquiridos 104 adolescentes dos 15 aos 17 anos e obtidos dois grupos de mulheres. Grupo A que incluiu 60 adolescentes virgens (57,6%) que responderam serem virgens e portanto nunca mantiveram atividade sexual com penetração vaginal e todas essas adolescentes negaram dor pélvica fora do período menstrual; e outro grupo B que incluiu 44 adolescentes (42,4%) não virgens que referiram não ser virgens e que estão a ter uma atividade sexual de pelo menos 1 vez por semana penetração vaginal. Destas, 24 (54,4%) mulheres referiram dor pélvica fora do período menstrual. Conclusões: As taxas de dor pélvica em estudantes brasileiras estão correlacionadas com a atividade sexual com penetração vaginal. As mulheres com queixa de dor pélvica devem ser investigadas sobre esta condição.