Zaffer Iqbal, Nicholas Stenning, Adrian Morton, Anjula Gupta e Sophie Brown
Objetivo: Revisar a literatura sobre depressão pós-psicótica, incluindo sua prevalência, possíveis caminhos para seu surgimento e deficiências no entendimento atual. Método: Busca eletrônica de literatura no PubMed, PsychINFO e Web of Knowledge usando termos de busca relacionados à depressão pós-psicótica. Resultados: As taxas de prevalência foram obscurecidas por amostras heterogêneas. Três teorias ontológicas estavam presentes na literatura. As evidências apoiaram uma série de caminhos, incluindo a depressão pós-psicótica como intrínseca à psicose, como resultante de medicação neuroléptica ou como uma reação emocional à psicose. Mais pesquisas com amostras homogêneas e definições precisas de depressão pós-psicótica são necessárias para confirmar essas descobertas. Problemas metodológicos, inconsistências na definição e implicações para a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde 10ª Edição (CID-10) e a classificação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4ª Edição (DSM-IV) são discutidos. Conclusão: Uma melhor compreensão das origens e do curso da depressão pós-psicótica é necessária para orientar futuras pesquisas e abordagens de tratamento. Definição e amostras mais claras são cruciais neste esforço. Revisão da declaração de relevância de política pública da literatura: Apesar de sua prevalência, o reconhecimento da depressão pós-psicótica tem sido variado, na melhor das hipóteses. A validação de modelos teóricos promissores não foi realizada, resultando em um atraso no desenvolvimento de tratamentos muito necessários. Esta revisão argumenta que os mecanismos psicológicos são centrais para superar ambos os problemas e também melhorar a compreensão deste problema altamente incapacitante no ajuste pós-psicose, que tem implicações significativas para recuperação precária e risco de suicídio.