Lawrence ES, Dawkins PE e Barton-Gooden A
Objectivos: Explorar o uso de restrições físicas por enfermeiros registados no piso médico de um hospital de cuidados intensivos em Kingston, Jamaica
Métodos: Este estudo transversal descritivo incluiu 90 enfermeiros que trabalham no setor médico. A recolha de dados utilizou uma versão adaptada autoadministrada de 17 itens do Questionário de Perceções sobre o Uso de Restrições (PRUQ). Os dados foram analisados utilizando o programa Statistical Package for Social Sciences SPSS® versão 20 para Windows®.
Resultados: A taxa de resposta foi de 85,7% f (N=90). Os participantes eram do sexo feminino (97%) e as idades variavam entre os 20 e os 29 anos (60%). A maioria (88%) tinha a licenciatura (88%) e 40% deste número trabalhava como enfermeiro há menos de dois anos. Os enfermeiros registados referiram o uso de restrições físicas para reduzir a probabilidade de os doentes caírem da cama (4,41±0,95), partirem suturas (4,26±0,88) ou retirarem o acesso intravenoso (4,14±0 ,79) numa pontuação máxima de 5. Os enfermeiros indicaram que a hora do dia influenciou a utilização da contenção física, sendo o turno da noite responsável por 71,1%. Os doentes confusos tiveram maior probabilidade de serem contidos (78,9%). A maioria (76,7%) dos participantes do estudo conhecia a política de contenção física da instituição, mas (83% não recebeu formação sobre a sua aplicação).
Conclusão: Os enfermeiros das enfermarias médicas utilizaram as contenções físicas para garantir a segurança do doente e facilitar a continuação do tratamento. As características dos doentes, a falta de formação e de apoio institucional foram fatores que contribuíram para a utilização da contenção física. Quando o apoio institucional é inadequado, a intenção dos enfermeiros de prevenir danos ao doente e cumprir as obrigações profissionais pode contribuir para a dependência do uso de contenção física.