Sharon Puchalski e Toni Tortorella
A depressão pós-parto (DPP) é uma perturbação grave de saúde mental, caracterizada por graves sentimentos de tristeza que ocorre num número significativo de mulheres com sintomas que geralmente aparecem nos primeiros 2 meses a um ano após o parto. Tal como acontece com muitas perturbações de saúde mental, a DPP é multifatorial, incluindo fatores influentes como a raça, etnia, género, idade, construções sociais e comunidade. As mulheres dos estratos socioeconómicos mais baixos sofrem de depressão em maior número do que as suas congéneres dos grupos socioeconómicos mais elevados. Além disso, as mulheres com níveis de escolaridade mais baixos têm maior probabilidade de desenvolver DPP. É fundamental compreender como os prestadores de cuidados de saúde podem intervir para abordar a DPP. Os Centros de Controlo de Doenças (CDC) (2016) reportaram sintomas depressivos pós-parto em 1 em cada 10 mulheres.
Embora Nova Jérsia tenha liderado o país como o primeiro estado a promulgar uma lei que aborda a depressão pós-parto em 2006, existem poucas provas empíricas de que tenham ocorrido mudanças significativas em relação ao diagnóstico e tratamento da DPP. A lei fornece financiamento para a educação, rastreio e o programa “Speak Up When You’re Down”. É necessário que haja um maior empenho na abordagem desta questão para melhorar a saúde das mulheres. Para além do rastreio obrigatório para a DPP, os enfermeiros de prática avançada (APN) e outros prestadores de cuidados de saúde necessitam de acompanhar as mulheres identificadas como de alto risco, de forma a prestar o apoio adequado, tal como ditado pela situação.