Marca de avelã
Apesar dos avanços recentes na pesquisa clínica, as clínicas enfrentam um tremendo desafio para encontrar opções terapêuticas apropriadas para tratar uma variedade de doenças. A maioria dos medicamentos terapêuticos atuais é insolúvel em água, resultando em baixa biodisponibilidade, ação mínima no local da doença e efeitos adversos graves relacionados à terapia. Cientistas de todo o mundo estão trabalhando sem parar para resolver esses desafios e melhorar os benefícios terapêuticos do tratamento. Nos últimos anos, houve um aumento inesperado na pesquisa em nanotecnologia. O uso da nanotecnologia em medicamentos e entrega de genes cresceu em popularidade na área da saúde e em outras indústrias durante as últimas décadas. A aplicação da nanotecnologia na medicina está ganhando força como uma ferramenta promissora para detecção, tratamento e prevenção do câncer. O crescente interesse nos potenciais usos médicos da nanotecnologia gerou uma nova disciplina conhecida como nanomedicina, que visa maximizar o índice terapêutico, estender drasticamente a longevidade humana e reduzir efeitos colaterais desagradáveis. Inúmeros nanomedicamentos foram desenvolvidos para tratar doenças como câncer, diabetes e distúrbios neurodegenerativos usando diversos materiais orgânicos e inorgânicos como lipídios, polímeros, metais ou suas misturas com as propriedades físico-químicas e funcionalidades biológicas apropriadas. Para contornar barreiras biológicas por meio do efeito de permeabilidade e retenção (EPR) aumentadas, fatores físico-químicos como tamanho de partícula, formato, carga de superfície e distribuição de ligantes de superfície devem ser ajustados utilizando procedimentos químicos aprimorados. Medicamentos nanoformados têm melhor farmacocinética do que produtos farmacêuticos livres, como uma meia-vida mais longa na circulação e concentração aumentada do fármaco no local da doença e diminuição da toxicidade do tecido normal. Apenas alguns medicamentos nanoformulados foram aprovados pelo FDA desde meados dos anos noventa, como o Doxil (uma formulação lipossomal de doxorrubicina), o primeiro nanomedicina licenciado para tratamento de câncer em 1995. O Abraxane (formulação de paclitaxel ligado à albumina) foi aprovado em 2005 para o tratamento de tumores sólidos, principalmente devido aos seus efeitos adversos reduzidos. O FDA aprovou recentemente o ONIVYDETM (injeção de lipossomo de irinotecano) para o tratamento de câncer pancreático metastático após tratamento com gemcitabina. Apesar dos avanços substanciais na nanotecnologia, poucos medicamentos nanoformulados autorizados estão disponíveis. A caracterização aprofundada é frequentemente retratada como uma ponte translacional que todo candidato deve cruzar. Uma classificação completa e bem documentada de cada substância é a fase mais perigosa na avaliação da nanomedicina. Sua investigação biológica pode ser facilmente mal compreendida sem uma compreensão completa das nanoformulações. Para evitar atrasos nos testes clínicos, as características físicas, químicas e biológicas de cada preparação devem ser cuidadosamente avaliadas. De acordo com nossas observações,há uma lacuna em nossa compreensão das complexidades do desenvolvimento de medicamentos baseados em nanotecnologia. Para cada aplicação, uma variedade de características físicas e químicas, como tamanho de nanopartícula, carga, química de superfície e hidrofobicidade, devem ser ajustadas, e esse processo necessita de um conjunto de habilidades e tecnologias que devem frequentemente ser desenvolvidas iterativamente. No campo da nanomedicina, por exemplo, a fórmula "tamanho único não serve para todos" deve ser considerada.