Jornal Internacional de Pesquisa Cardiovascular

Diferenças no desenvolvimento de reestenose ao longo do tempo para vários stents farmacológicos

Kosei Tanaga, Yoshitake Nakamura, Kigen Jo, Toshihisa Inoue, Takayasu Ishikawa e Akira Miyazaki

Diferenças no desenvolvimento de reestenose ao longo do tempo para vários stents farmacológicos

Introdução: A reestenose após implante de stent é uma das principais limitações da intervenção coronária percutânea (ICP). Em comparação com os stents convencionais (BMS), os stents farmacológicos (DES) apresentam uma incidência reduzida de reestenose. Contudo, o padrão temporal de desenvolvimento de reestenose em doentes implantados com SF não foi claramente definido.

Objectivo: Este estudo tem como objectivo comparar a eficácia dos stents eluidores de sirolimus (SES), stents eluidores de paclitaxel (PES), stents eluidores de zotarolimus (ZES) e stents eluidores de everolimus (EES) através de um seguimento angiográfico sequencial e revelar o desenvolvimento de reestenose ao longo do tempo.

Material e métodos: Os doentes foram randomizados para receber SES, PES, ZES ou EES, e a angiografia de seguimento foi realizada 6, 12 e 24 meses após a intervenção coronária percutânea. Analisámos a perda tardia (LL) em cada momento e definimos 2 períodos de tempo: “precoce” (dentro do primeiro ano de seguimento) e “tardio” (após o primeiro ano).

Resultados: Em todos os grupos, o diâmetro mínimo médio do lúmen diminuiu ligeiramente durante o período de 2 anos após o procedimento. Comparativamente ao grupo SES, os grupos PES e ZES apresentaram uma perda tardia (LL) significativamente maior ao fim de 1 ano. No entanto, o grupo SES apresentou um LL significativamente superior em comparação com os restantes stents farmacológicos (SF) entre 1 e 2 anos.

Conclusões: A análise angiográfica seriada revelou diferenças na taxa de desenvolvimento de reestenose ao longo do tempo para vários SF. Dos SF estudados, o EES apresentou os melhores resultados tanto no LL precoce como no tardio.