Jornal Internacional de Pesquisa Cardiovascular

Utilidade da ecocardiografia transtorácica de rotina em doentes hospitalizados com síncope.

Ali Shafiq, Hardik Bhansali, Meredith Mahan e Karthik Ananthasubramaniam

Utilidade da ecocardiografia transtorácica de rotina em doentes hospitalizados com síncope.

Fundamento: O rendimento da ecocardiografia transtorácica (ETT) de rotina no diagnóstico e estratificação de risco da síncope tem sido alvo de debate. Objectivo e Métodos: Para comparar o rendimento do ETT em diferentes categorias de risco de doentes com síncope, realizámos um estudo retrospectivo de doentes que tinham ETT com diagnóstico de síncope à admissão. Os doentes foram então estratificados em categorias de baixo e alto risco com base na pontuação da Avaliação das Guidelines no Estudo de Síncope (EGSYS) de <3 e >3, respetivamente. Foram avaliados três recursos de saúde a jusante: consulta de cardiologia , novos testes e intervenções terapêuticas após a realização do ETT. Resultados: Do grupo de estudo, verificou-se que 65% (295/456) dos doentes não utilizaram recursos de saúde a jusante. Os restantes 35% (161/456) recorreram a pelo menos 1 recurso; 29,2% (133/456) utilizaram 1, 5% (23/456) utilizaram 2 e 1,1% (5/456) utilizaram todos estes 3 recursos. Do total do grupo de estudo, 51% (233/456) apresentavam baixo risco de síncope cardíaca de acordo com a pontuação EGSYS. Apenas 23,2% (54/233) destes doentes de baixo risco utilizaram 1 ou mais dos recursos de saúde a jusante, mas nenhum doente deste grupo necessitou de qualquer intervenção cardíaca . Conclusão: Houve uma diferença significativa no rendimento e, portanto, no valor incremental do TTE entre as categorias de grupos de alto e baixo risco com base na pontuação EGSYS. Uma pontuação EGSYS baixa parece ser uma boa ferramenta inicial na identificação de doentes que provavelmente não necessitarão de intervenções adicionais relacionadas com testes posteriores.