Fumiaki Onishi, Shinshiro Mineta, Norikazu Hirose
Objetivo: Ao reagir em uma situação específica do esporte, os atletas usam movimentos corporais como dicas. Por exemplo, jogadores de futebol usam movimentos da parte inferior do corpo como dicas, enquanto jogadores de vôlei usam movimentos da parte superior do corpo como dicas. Apesar das diferenças nesses pontos focais, ambos os grupos de jogadores usam dicas específicas para reconhecer situações específicas do esporte, com base na experiência específica do esporte. Este artigo tem como objetivo investigar como o conhecimento e a experiência específicos do esporte afetam os tempos de reação associados à antecipação e à previsão, comparando as respostas durante tarefas simples e complexas realizadas por atletas com diferentes origens (futebol e vôlei).
Métodos: Vinte e seis jogadores universitários de futebol masculino (20,0 ± 0,77 anos) e vinte e um jogadores universitários de vôlei masculino (19,8 ± 0,98 anos) completaram testes de agilidade reativa de direção única (SDRT) e direção múltipla (MDRT) baseados em vídeo. Os participantes reagiram a um passe de futebol executado pelo modelo no vídeo. Ambos os grupos preencheram um questionário sobre a sugestão de reação usada. Uma análise de variância mista de dois fatores, com o fator interno como "Tarefas" (ou seja, SDRT, MDRT) e o fator entre como "Esportes" (ou seja, Futebol, Vôlei), analisou os principais efeitos e interações. O η2 generalizado foi usado para comparar os fatores internos e entre, e o d de Cohen foi usado para comparar o tamanho do efeito entre os grupos. Para o questionário, um teste qui-quadrado de independência foi usado.
Resultados: O tempo entre a apresentação do estímulo e o momento em que o participante começou a se mover foi menor na condição de tarefa simples (ou seja, SDRT; p<0,01) e para jogadores de futebol mais experientes (p<0,01). O η2 generalizado foi maior no fator entre “Esportes” do que no fator interno “Tarefas”. O d de Cohen entre tarefas foi maior no grupo de vôlei do que no grupo de futebol. Não foram encontradas diferenças significativas nas respostas do questionário entre os grupos esportivos.
Conclusão: Esses resultados sugerem que a experiência específica do esporte afeta os tempos de reação na fase pré-motora.