Isadora Grade, Andressa Silva, Marco Tulio de Mello, Yuri SV Faustino-da-Silva, Karsten Krüger, José Cesar Rosa-Neto, Fabio S. Lira5, Camila S. Padilha
Nosso objetivo foi analisar os parâmetros inflamatórios, fisiológicos e de comportamento do sono em uma atleta brasileira medalhista infectada pelo SARS-CoV-2 antes dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Uma atleta paralímpica de 39 anos (altura: 161,4 cm e massa corporal: 52,3 kg) atualmente compete na modalidade de pista paralímpica (100 m e 200 m) na classe funcional T11 para atletas com deficiência visual, infectada pelo SARS-CoV-2 antes dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, participa do nosso estudo. Avaliamos os parâmetros antropométricos, de composição corporal, metabólicos e de resposta inflamatória. No nível psicológico, avaliamos os comportamentos e crenças do sono da atleta. A atleta manteve sua rotina de treinamento, apresentou valores normais de glicose, triglicerídeos (TAG), colesterol total, insulina, HOMA-IR, TNF-α, IL-6, IL-10, sTNF-R, IFN-γ, IL-1ra, leptina, adiponectina e BDNF. Além disso, foi encontrada uma produção eficiente de resposta de equilíbrio pró e anti-inflamatório em sangue total estimulado por LPS, marcada por TNF-α e IL-1ra, e produção de TNF-α, IL-6 e IFN-γ a partir de células mononucleares do sangue periférico (PBMC). O atleta paralímpico apresentou comportamentos de sono ruins (45 pontos), o que pode estar relacionado ao uso de tecnologias emissoras de luz. Concluímos que, apesar do atleta paralímpico infectado pelo SARS-CoV-2 manter sua rotina de volume e intensidade de treinamento, bem como parâmetros metabólicos normalizados e resposta inflamatória satisfatória; o atleta paralímpico apresenta alta frequência de comportamentos de higiene do sono ruins e um alto índice de crenças de sono inadequadas.