O reparo do DNA é um conjunto de processos pelos quais uma célula identifica e corrige danos às moléculas de DNA que codificam seu genoma. O DNA é o material genético da célula e, como qualquer outra molécula, pode sofrer uma variedade de reações químicas. Entretanto, como o DNA serve exclusivamente como uma cópia permanente do genoma celular, as alterações em sua estrutura têm consequências muito maiores do que as alterações em outros componentes celulares, como RNAs ou proteínas. As mutações podem resultar da incorporação de bases incorretas durante a replicação do DNA. Várias alterações químicas ocorrem no DNA espontaneamente (Figura 5.19) ou como resultado da exposição a produtos químicos ou radiação. Tais danos ao ADN podem bloquear a replicação ou a transcrição e podem resultar numa elevada frequência de mutações – consequências que são inaceitáveis do ponto de vista da reprodução celular. Para manter a integridade dos seus genomas, as células tiveram, portanto, de desenvolver mecanismos para reparar o ADN danificado. Esses mecanismos de reparo do DNA podem ser divididos em duas classes gerais: (1) reversão direta da reação química responsável pelo dano ao DNA e (2) remoção das bases danificadas seguida de sua substituição por DNA recém-sintetizado. Nos casos em que a reparação do ADN falha, foram desenvolvidos mecanismos adicionais para permitir às células lidar com os danos.