Muhammad Abdullah Bin Masood
A corrente de desenvolver produtos alimentares com ingredientes naturais e evitar os sintéticos, tem levado os processadores comerciais de alimentos a reformularem os seus produtos sem adição de substâncias sintéticas para cumprir as especificações do rótulo limpo. No entanto, estas substâncias naturais, para além da sua provável aceitação pelo consumidor e resultados saudáveis, têm uma aplicabilidade limitada devido à sua fraca qualidade tecnológica em comparação com as sintéticas, que estão normalmente disponíveis a um custo mais baixo. As sementes de chia, uma planta antiga do México, foram abençoadas com uma grande variedade de qualidade tecnológica em comparação com outras plantas. A simplicidade da sua natureza permitiu a sua incorporação com sucesso numa vasta gama de produtos alimentares relacionados com o sector petrolífero, panificação, lacticínios, embalagens, carnes, extrusão e nutrição. Os 35-41% do óleo presente na sua semente são 69% ALA e 21% LA, sendo assim a fonte de riqueza de PUFAs (90%). O óleo pode ser incorporado com sucesso em produtos alimentares e aumentou significativamente o seu teor em PUFAs. Estudos verificaram que o aumento da concentração de sementes de chia aumenta o ALA, mas tal aumento tem um efeito prejudicial na qualidade tecnológica dos produtos. No entanto, a incorporação de 2,5% de sementes de chia intactas apresentou resultados equilibrados no que respeita à nutrição e qualidade tecnológica.